terça-feira, 16 de agosto de 2011

E alguns deixaram notas (outros até fuxicaram) de que essa auto-reconstrução poderia ser a parte II da transfiguração.
E quando finalmente teve coragem de usufruir de suas asas já crescidas, ao se lançar para o primeiro vôo, veio o desequilíbrio e o tombeamento inesperado. De certo que aquilo fora o maior susto de sua vida. Sem saber o que fazer, ficou esparramado ali mesmo no gramado - verde vivo, com algumas folhas secas de outono enfeitando - encarando o céu na sua frente. Mas coça ali, coça acá...e aí então percebeu que na verdade toda essa gastura era uma transformação natural e inerente de seu próprio ser, derrubando o seu instrumento de liberdade por conta do desuso e reconstituindo um assim, bem maior e mais aerodinâmico, com um alcance de vôo bem maior (mesmo sem nunca ter saído direito do chão...)

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Processo da transfiguração atual: início, parte I. Tipo: situa-se entre moderada e intensa (com direito à movimentos ocilatórios constantes). Conscientização de toda essa mudança: levemente tardia, como acordar com um balde de água fria e permanecer com sono nas duas horas e meia seguinte, se sentindo um ninguém pelo resto do dia na espera de algum minuto realmente acordar e poder viver o dia normal. Estado atual: ainda sonolento, porém consciente com o despertamento que há de se concretizar. Passo seguinte: continuar rumando com a estranha sensação de desrumo, podendo ter ataques de insônia cotidiana a qualquer momento, sem um pingo de esperança da diferença que tanto deseja (com o mesmo tanto que precisa) no ar que se cheira .

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Bem que podia existir uma ferramenta com a capacidade de controlar todas as partículas eufóricas que insistem em perpetuar, dentro de uma pessoa, pulsando loucamente em nome da ansiedade ou mesmo da sensação de uma possível e não-distante liberdade. (Isso tudo sem o auxílio de substâncias calmantes deliciosamente tóxicas).

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Não sai mais da cabeça. Como uma dose bem recebida e potente de puro êxtase criada a partir daquele momento. Daquele! E sempre quando recordado recebe gotas poderosas dessa dose, que é boa, virando saudade no fim das contas. Passa dia, passa semana, passa vida e junto a correria necessária e ocupadeira do ócio perigoso, aquele ideal para matutar vários pensamentos inseguros regados de mais e mais saudades. Mas (como toda história precisa ter um porém), parece que nada é suficiente para ocupar os pequenos intervalos de tempo propícios para sentimentos  mundanos dolorosos causados pela falta da presença - maldita saudade já citada, sendo esta subdividida em palavras, risos, abraços, idéias, cores, sons, pele, cheiro, pessoa, (lista extensa, o espaço aqui não daria conta)... Sentimento que vem à tona mesmo sem ter seu tempo próprio de ser sentido, chega por último, quer causar, faz alvoroço, cria barraco, não pega a senha, fura a fila. E ainda sim tem sucesso.

quarta-feira, 23 de março de 2011

Deixas então esse orgulho de lado menina! Faz mal não demonstrar esse pouco de afeto que tu sentes. Só um cadinho, que é pra deixar um gostinho naqueles que gostam de ti também. O que mais vale é ser sincera consigo mesma, mas, não se deixe enganar jamais, nem muito pro lado de cá, nem tanto pro lado de lá. A mãe já não falou que exagero demais é ruim? Equilibra-te. Importante mesmo é o que sentes, afinal, tu és o que tu sentes. Por favor, não se negue.

terça-feira, 22 de março de 2011

Um daqueles verminhos bonitos, agradáveis e sutis que, calado, invade e contamina lento e gradativamente. O hospedeiro é ciente desde o princípio que possui tal poder de opção para escolher qual tipo de contágio o afetará. O referido verme pode proporcionar relações mutuamente harmônicas, ou também não, como uma interferência corrosiva considerável. Este age de acordo com a decisão do anfitrião. Qualquer que seja a escolha, o verme de algum modo atingirá.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Nada pertence a ela.
Logo ela, não pertence a nada também.
Exceto a si mesma.
Talvez, nem isso.
Ainda não tomou consciência de sua auto-possessão.
E nem quer.
Porque acha tão bom não ter nada e nada a ter.
Isso lhe remete a uma liberdade quase que infinita, possibilitando quase todos os atos que quiser cometer, sobretudo, aqueles intuitivos (por serem assim, originais) sem ser podada, jamais.
Ah, querida e bem-quista liberdade!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Pensar, as vezes dói.
Quando a cabeça tá turbinada de
Cansaço, é o que gera confusão.
O resultado só poderia mesmo ser um
Desastre, é aquilo que contamina
Toma parte da dualidade
Espírito e corpo, inseparáveis.
Linkados: se um não presta,
Será que o outro vai prestar?
O fácil muitas vezes é bom, podendo até ser bonito, com certeza barato. Por ser tão acessível, torna-se comum. E o comum por si só já vem programado para perder a graça gradativamente. O comum nasce no chão debaixo dos seus pés. Brota na esquina seguinte, não, nessa mesmo, porque é comum demais, presente nas retas e esquinas que quiser e não-quiser. Tá ali, tá aqui, em qualquer lugar. Tá no seu piscar de olhos. Até no peido deve tá.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ela se preocupava tanto com as coisas e não-coisas não só do seu mundo, como o dos outros também. E a cada percurso de tempo considerável isso foi lhe enchendo, enchendo...que todos sabiam que aquele possível estouro poderia se transformar num estrondo com repercussões irreversíveis. Demorou. Até que um certo dia chegou o grande dia. Agora, quem a vê quase não a reconhece: anda sempre com uma peneira pra cima e pra baixo esperando algo para filtrar e também, não se abala a quase nada. Quase.
Pela janela, onde recentemente colocou-se uma tela, só é permitido entrar várias cores (nem todas) e um pouco de sol, mas só um pouquinho, pra se obter o tom ideal através de uma quantidade de luz definida.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Tava lá eu sentada num banco, tomando um ar fresco junto do meu cafézinho matinal, observando a uma certa distância toda a situação que me deixou fascinada: um rapaiz caminhando sossegadamente e, distraído, deixou cair algo de seu bolso. Sem notar, continuou andando. Segundos depois um moço que estava ali por perto também vendo tudo desde o começo, lhe parou e alertou para buscar suas coisas caídas no chão. E foi daí que o rapaiz catou umas duas notas de oncinha (ou mico leão dourado, talvez), agradeceu e seguiu seu percurso. Na hora eu pensei "que incrível, coisa bonita!". Uma sucessão de fatos que devem ter durado aproximadamente uns 10 segundos e que ao mesmo tempo traduzem um dos sentimentos mais dignos e belos de qualquer ser humano (reforçando ser humano, o que nem todas as pessoas são): a honestidade.
E digo mais, o final dessa história poderia tomar outro rumo. Imagine...alguém deixou o dinheiro cair no chão, mera distração, acontece toda hora. Talvez um azar momentâneo, aconteceu porque tinha que acontecer de qualquer jeito né, ah, coisas do "destino". Mas não. Ainda bem.
As pessoas precisam rechear seus dias com mais desse sentimento e seus semelhantes. Somente com a prática destes, é possível a transformação de uma comum pessoa para um ser humano.

quinta-feira, 10 de março de 2011

A maioria das coisas costumam funcionar agradável e sussegadamente bem quando há um acordo razoável, junto com um pouco de compreensão, confiança e principalmente não-pressão entre ambas as partes. Não sei você, mas a confiança aliada a não-pressão dão mais certo comigo do que qualquer tipo de imponência insistente. Claro que também não adianta tirar a indesejável pressão e largar o desenrolar das coisas sem algum compromisso. Tudo precisa ser trabalhado como irmãos siameses que para onde quer que vão, estarão sempre juntos. Imagina se um quisesse insistentemente ir para um lado e ao mesmo tempo o outro ir na direção contrária? De duas uma: ou eles se separam e morrem (metafóricamente falando, tirando aquelas cirurgias que dão certo de vez em quando hehehe), ou ficam estagnados. O problema está quando há exagero de qualquer uma das partes, daí é obvio que a balança vai pender mais para um lado e então, a harmonia extinta... Pior mesmo do que o exagero é o não reconhecimento de algo realizado a partir de um acordo pré-estabelecido. Sendo assim, como faz? Tem gente que mesmo você fazendo ou não, tudo vai estar sempre uma merda. Errado não é o sistema do acordo ou da negociação, e sim uma grande barreira de negatividade na cabeça de algumas pessoas que acham bacana em procurar algum defeito no próximo ou um detalhe para esmiuçar e reclamar.
A kombi branca nunca ficou tão desejada em toda minha vida...

quarta-feira, 2 de março de 2011

A vida é justa. E muito sincera. Quem consegue entrar nessa onda, nada até o final sem se afogar... Hoje em dia? Nem preciso mais de bóias!

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

E do olho cansado só se enxerga o cinza, turvo. Da mente cansada só se lembra o, o...? hmm, nada. Apressada demais para lembrar de alguma coisa. Do corpo cansado só se exige educadamente um pouco de calma, cama, cana. Relaxa! Preciso urgente aprender a respirar fundo, esparramada numa espreguiçadeira na beira da piscina com um copo de cerveja...

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

E sem querer eu acabo me encontrando com as pessoas certas, com as palavras inspiradoras, com o som da batida que toca no rítmo que se precisa dançar. Assim vou me envolvendo, envolvendo, endo...e quando olho pros lados, me cai uma idéia que nunca estive em melhor lugar do que o de agora. Queira quem quiser ou não: a lei da atração é pior do que a da gravidade - pode tardar, mas nunca falha. É essa vontade de querer crescer sempre que palpita dentro de mim insistentemente.
É tanta idéia, que se eu não me controlar pode virar um labirinto.
É tanta atitude que precisa ser posta em prática, que se eu não as fizer logo posso virar retardatária na corrida.
É tanta cor, que se eu não tomar cuidado pode virar marrom-cocô (sabe quando mistura todas as cores num potinho?)
É tanto tantos...
Preciso fazer a idéia certa na cor exata!

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Eu não consigo mais achar graça naquilo que era o motivo das minhas melhores risadas; Eu não consigo mais achar bonito aquilo que enfeitava e coloria os meus dias; Eu não consigo mais gostar daquilo que pensava eu um dia, ser essencial na minha vida. Hoje eu olho pra trás e penso: meu Deus! Como um dia eu pude enxergar assim? Ah, nada mais belo e verdadeiro como o tempo. Só ele pra definir as coisas como devem ser (de acordo com seu devido merecimento) e principalmente me fazer alguém mudada, crescida, mais esperta eu diria. Alguém simplesmente tão eu, que hoje morro de paixão!

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

A convivência contínua faz crescer a admiração pelas pessoas. Isso quando a pessoa tem motivos para ser admirada, claro. Eu mesma nunca imaginei que era possível gostar mais ainda de alguém que já gostava bastante. E dentro dessa onda, descobrir mais coisas em comum ainda e não cansar de ser surpreendida pela simples e incrível maneira do outro ser, pensar, ver o mundo, enfim. Quando quer, o ser humano consegue ser fascinante (mesmo sem se dar conta disso).
O mais difícil dessa hitória toda bonita, é não poder escolher o tempo de "convivência contínua" que você gostaria de ter com aquela pessoa. Infelizmente as circunstâncias e a própria vida decidem por todos né... O que me resta por aqui é todo o carinho que só aumentou desde a última vez que eu te vi e todas as nossas lembranças (não preciso nem comentar que todas elas são muito boas, algumas excitantes, outras tensas no começo mas que depois viraram motivos de grandes risadas). Seu último abraço ficou grudado na minha pele até agora. E a única certeza que eu tenho disso tudo é que o grau de importância que você tem na minha vida não mudará.
Que sorte tenho eu por ter uma parceria tão excelente quanto a tua!

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Acho tão bacana essa invenção humana de definição cronológica para se situar sob os diversos aspectos da vida. E é de acordo com ela que é delimitado o término e o início de um ciclo que costuma ser comemorado com o intuito de renovar a esperança das pessoas, dando a oportunidade de mudar pra melhor e crescer. Uma passagem de fase que além do mais, proporciona também muita união e alegria. Entretanto, tudo não passa de uma questão psicológica. Já parou pra pensar? O tempo é psicológico. Os minutos são psicológicos. As horas são psicológicas. Os anos são psicológicos, assim como seus 365 dias. Como, onde e quando surgiu essa organização toda? Sinceramente nem sei. Só sei que foi um gênio quem possibilitou tudo isso, a comemoração de um ano novo, para poder surgir uma pessoa nova e também uma vida nova. Sim, muita legal essa psicologia que envolve as pessoas, e pode-se até dizer, o mundo inteiro. Meu querido 2011? Começou com os dois pés direitos. Pretendo levar essa psicologia de renovação e evolução para os 362 que me restam...amém!