quarta-feira, 23 de março de 2011

Deixas então esse orgulho de lado menina! Faz mal não demonstrar esse pouco de afeto que tu sentes. Só um cadinho, que é pra deixar um gostinho naqueles que gostam de ti também. O que mais vale é ser sincera consigo mesma, mas, não se deixe enganar jamais, nem muito pro lado de cá, nem tanto pro lado de lá. A mãe já não falou que exagero demais é ruim? Equilibra-te. Importante mesmo é o que sentes, afinal, tu és o que tu sentes. Por favor, não se negue.

terça-feira, 22 de março de 2011

Um daqueles verminhos bonitos, agradáveis e sutis que, calado, invade e contamina lento e gradativamente. O hospedeiro é ciente desde o princípio que possui tal poder de opção para escolher qual tipo de contágio o afetará. O referido verme pode proporcionar relações mutuamente harmônicas, ou também não, como uma interferência corrosiva considerável. Este age de acordo com a decisão do anfitrião. Qualquer que seja a escolha, o verme de algum modo atingirá.

sexta-feira, 18 de março de 2011

Nada pertence a ela.
Logo ela, não pertence a nada também.
Exceto a si mesma.
Talvez, nem isso.
Ainda não tomou consciência de sua auto-possessão.
E nem quer.
Porque acha tão bom não ter nada e nada a ter.
Isso lhe remete a uma liberdade quase que infinita, possibilitando quase todos os atos que quiser cometer, sobretudo, aqueles intuitivos (por serem assim, originais) sem ser podada, jamais.
Ah, querida e bem-quista liberdade!

quinta-feira, 17 de março de 2011

Pensar, as vezes dói.
Quando a cabeça tá turbinada de
Cansaço, é o que gera confusão.
O resultado só poderia mesmo ser um
Desastre, é aquilo que contamina
Toma parte da dualidade
Espírito e corpo, inseparáveis.
Linkados: se um não presta,
Será que o outro vai prestar?
O fácil muitas vezes é bom, podendo até ser bonito, com certeza barato. Por ser tão acessível, torna-se comum. E o comum por si só já vem programado para perder a graça gradativamente. O comum nasce no chão debaixo dos seus pés. Brota na esquina seguinte, não, nessa mesmo, porque é comum demais, presente nas retas e esquinas que quiser e não-quiser. Tá ali, tá aqui, em qualquer lugar. Tá no seu piscar de olhos. Até no peido deve tá.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Ela se preocupava tanto com as coisas e não-coisas não só do seu mundo, como o dos outros também. E a cada percurso de tempo considerável isso foi lhe enchendo, enchendo...que todos sabiam que aquele possível estouro poderia se transformar num estrondo com repercussões irreversíveis. Demorou. Até que um certo dia chegou o grande dia. Agora, quem a vê quase não a reconhece: anda sempre com uma peneira pra cima e pra baixo esperando algo para filtrar e também, não se abala a quase nada. Quase.
Pela janela, onde recentemente colocou-se uma tela, só é permitido entrar várias cores (nem todas) e um pouco de sol, mas só um pouquinho, pra se obter o tom ideal através de uma quantidade de luz definida.

sexta-feira, 11 de março de 2011

Tava lá eu sentada num banco, tomando um ar fresco junto do meu cafézinho matinal, observando a uma certa distância toda a situação que me deixou fascinada: um rapaiz caminhando sossegadamente e, distraído, deixou cair algo de seu bolso. Sem notar, continuou andando. Segundos depois um moço que estava ali por perto também vendo tudo desde o começo, lhe parou e alertou para buscar suas coisas caídas no chão. E foi daí que o rapaiz catou umas duas notas de oncinha (ou mico leão dourado, talvez), agradeceu e seguiu seu percurso. Na hora eu pensei "que incrível, coisa bonita!". Uma sucessão de fatos que devem ter durado aproximadamente uns 10 segundos e que ao mesmo tempo traduzem um dos sentimentos mais dignos e belos de qualquer ser humano (reforçando ser humano, o que nem todas as pessoas são): a honestidade.
E digo mais, o final dessa história poderia tomar outro rumo. Imagine...alguém deixou o dinheiro cair no chão, mera distração, acontece toda hora. Talvez um azar momentâneo, aconteceu porque tinha que acontecer de qualquer jeito né, ah, coisas do "destino". Mas não. Ainda bem.
As pessoas precisam rechear seus dias com mais desse sentimento e seus semelhantes. Somente com a prática destes, é possível a transformação de uma comum pessoa para um ser humano.

quinta-feira, 10 de março de 2011

A maioria das coisas costumam funcionar agradável e sussegadamente bem quando há um acordo razoável, junto com um pouco de compreensão, confiança e principalmente não-pressão entre ambas as partes. Não sei você, mas a confiança aliada a não-pressão dão mais certo comigo do que qualquer tipo de imponência insistente. Claro que também não adianta tirar a indesejável pressão e largar o desenrolar das coisas sem algum compromisso. Tudo precisa ser trabalhado como irmãos siameses que para onde quer que vão, estarão sempre juntos. Imagina se um quisesse insistentemente ir para um lado e ao mesmo tempo o outro ir na direção contrária? De duas uma: ou eles se separam e morrem (metafóricamente falando, tirando aquelas cirurgias que dão certo de vez em quando hehehe), ou ficam estagnados. O problema está quando há exagero de qualquer uma das partes, daí é obvio que a balança vai pender mais para um lado e então, a harmonia extinta... Pior mesmo do que o exagero é o não reconhecimento de algo realizado a partir de um acordo pré-estabelecido. Sendo assim, como faz? Tem gente que mesmo você fazendo ou não, tudo vai estar sempre uma merda. Errado não é o sistema do acordo ou da negociação, e sim uma grande barreira de negatividade na cabeça de algumas pessoas que acham bacana em procurar algum defeito no próximo ou um detalhe para esmiuçar e reclamar.
A kombi branca nunca ficou tão desejada em toda minha vida...

quarta-feira, 2 de março de 2011

A vida é justa. E muito sincera. Quem consegue entrar nessa onda, nada até o final sem se afogar... Hoje em dia? Nem preciso mais de bóias!